China informou mais cedo que já obteve apoio da entidade para fazer uso emergencial de suas vacinas candidatas, mas OMS não confirma. Funcionária exibe amostra de possível vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela SinoPharm, em Pequim, na China, em foto de 10 de abril
Zhang Yuwei/Xinhua via AP
A diretora para medicamentos, vacinas e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, disse que a entidade começará a avaliar se vacinas ainda em teste contra o novo coronavírus podem ser liberadas sob o critério de “uso emergencial”.
“Ainda não fizemos isso [apoiar o uso emergencial] para vacinas, mas temos boas notícias hoje: publicamos critérios para avaliação do uso emergencial das vacinas contra a Covid-19”, informou Mariângela Simão nesta sexta-feira (25).
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Simão disse que a OMS já indica tratamentos e produtos médicos para uso emergencial contra a Covid-19, dando como exemplo o uso do corticoide dexametasona.
Apesar de a OMS afirmar que não deu aval para o uso emergencial de vacinas em teste, uma autoridade chinesa disse mais cedo que a entidade deu apoio para que o país aplique doses das suas vacinas candidatas mesmo com os testes clínicos ainda em andamento.
“No final de junho, o Conselho de Estado da China aprovou o plano de um programa de uso emergencial de vacina contra coronavírus”, disse Zheng Zhongwei, autoridade da Comissão Nacional de Saúde chinesa, segundo a Reuters.
“Após a aprovação, em 29 de junho, fizemos contato com os representantes relevantes do escritório da OMS na China e obtivemos apoio e compreensão da OMS”, disse Zhongwei.
Situação da pandemia no mundo
Até esta sexta, o mundo registrou mais de 32 milhões de casos e mais de 979 mil mortes por coronavírus, segundo a OMS.
“Não podemos pensar que os números da pandemia estão distribuídos uniformemente”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon.
“Mais de 70% do número de mortes e 70% do número de casos vieram de apenas 10 países”, disse Tedros.
Brasil e Estados Unidos seguem como os países com o maior número de mortes e casos da Covid-19. Enquanto os americanos somam mais de 200 mil mortes, o Brasil registrou mais de 32 mil novos casos nas últimas 24h e se aproxima das 140 mil mortes.
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