Equipamento robótico agiliza preparação das amostras para fazer os testes. Unicamp prevê ampliação do número de exames por dia com entrega de resultados em até 48h. Robô será usado pela Unicamp, em Campinas, para acelerar realização de testes no combate ao coronavírus.
Força Tarefa Unicamp contra a Covid-19/Divulgação
Com o auxílio de um robô que deve diminuir em até 50% o tempo de preparo das amostras para testes do novo coronavírus, a Unicamp vai ampliar o número de exames realizados por dia e está em contato com prefeituras da região de Campinas (SP) para firmar acordos e atender parte da demanda delas.
Junto com o robô, a universidade recebeu 3,8 mil testes sul-coreanos, ambos repassados pelo Instituto Butantan, do governo estadual. Segundo o coordenador da Frente de Diagnósticos da Unicamp, Alessandro Farias, o sistema robótico, além de mais rápido, amplia a segurança dos exames.
O robô é usado também em outras unidades de testagem do estado. A rede, que inclui 38 laboratórios credenciados, é coordenada pelo Instituto Butantan e prevê o repasse de outros lotes de exame.
“O robô deve diminuir o tempo de preparo da amostra mais ou menos em 50%, outra que aumenta a segurança, e isso é bom. E a terceira é que como a gente está nessa rede e vai receber continuamente os insumos, a gente pode aumentar a capacidade de testagem sem medo de acabarem os insumos”.
A universidade realiza cerca de 60 exames por dia, que é a demanda atual. Farias afirma que, a partir da chegada de amostras de outras cidades, a capacidade diária será ampliada sob o critério de que os resultados continuem a sair em até 48 horas.
“A demanda vai aumentar, mas a gente dá conta de fazer sempre com o mesmo compromisso de soltar o resultado em 48 horas. Se a gente soltar em uma semana, não ajudou ninguém”, explicou o professor.
Além de Campinas, a universidade está em contato com Hortolândia, Paulínia e prefeituras de outros municípios. Os acordos passaram por revisão técnica e estão encaminhados, segundo Farias.
No caso de Campinas, o acordo foi divulgado pela prefeitura na sexta-feira (15) e prevê a realização de 10 mil exames. A previsão era de que o contrato seja assinado nesta quarta-feira (20).
Vista aérea do campus de Campinas da Unicamp
Antoninho Perri/ Ascom/ Unicamp
Funcionamento do robô
O equipamento, que começa a ser usado nesta semana, substitui o trabalho feito pelos humanos na separação do material genético tanto do vírus quanto do paciente. Na prática, o trabalho que é feito por etapas pelos trabalhadores em laboratório ocorre de uma vez só com o robô.
“Quando a gente recebe a amostra, precisa fazer a preparação para poder fazer o teste. Essa preparação é expor [separar] o material genético tanto do indivíduo quanto do vírus, para poder no teste identificar a presença ou não do material genético do vírus”, afirma o professor.
“O que esse robô faz é essa preparação. A vantagem é que você põe tudo e manda ele fazer, não precisa manualmente aplicar cada um dos processos”, completa Farias.
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