
Após uma madrugada de tumultos e brigas, 18 pessoas foram presas nesta quarta-feira (3) em Paris, na França, e arredores, depois de uma manifestação contra a violência policial. O ato foi motivado pela autópsia de um jovem negro que morreu em 2016 durante a detenção pela polícia.
De acordo com as autoridades, o protesto reuniu cerca de 20 mil pessoas. Agentes alegam que os manifestantes atacaram a polícia e vandalizaram prédios públicos, entre eles uma delegacia. Os policiais responderam com gás lacrimogêneo.
A manifestação foi convocada através de redes sociais. Entre as palavras de ordens dos manifestantes, alguns mostraram apoio a George Floyd, um negro de 40 anos que morreu durante abordagem policial em Minneapolis, nos Estados Unidos, mas a maioria exigiu justiça para Adama Traore, morto em 2016 sob custódia policial.
Após uma perseguição com a polícia, o jovem de 24 anos foi preso em Beaumont sur Oise e imobilizado no chão com uma técnica policial que, segundo a família, causou sua morte horas mais tarde. A hipótese não é confirmada pelos relatórios de peritos realizados pelo sistema judicial.
Os advogados da família apresentaram ontem as conclusões de um novo relatório médico realizado fora do processo judicial que sustenta que a dureza da prisão causou sua morte. Eles acreditam que a Justiça francesa está fazendo todo o possível para proteger os policiais.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, condenou a violência demonstrada pelos manifestantes, lembrando que tais protestos são proibidos para impedir a circulação do coronavírus. “Parabenizo as forças de segurança e de primeiros socorros pelo controle e compostura”, escreveu em uma mensagem no Twitter.
*Com EFE