O inquérito envolvendo a dentista investigada por supostamente causar a morte de um paciente foi arquivado devido à falta de provas.

O inquérito contra a dentista Jamilly Silva, suspeita de envolvimento na morte do paciente Luiz Carlos das Dores após a implantação de facetas dentárias, foi arquivado na noite de quinta-feira (13) por falta de provas. O promotor de Justiça, Daniel Roberto Dias do Amaral, destacou que não foi estabelecido um nexo causal entre a conduta da profissional e o falecimento do paciente.

Luiz Carlos, que era funcionário público, passou pelo procedimento de implante de facetas em setembro de 2022. Na ocasião de seu falecimento, sua família alegou que ele desenvolveu uma infecção generalizada devido ao tratamento odontológico. Entretanto, a autópsia revelou que sua morte não estava relacionada ao procedimento realizado.

Ao determinar o arquivamento do caso, o promotor explicou que o laudo forense foi claro ao indicar que “não há nexo de causalidade entre o tratamento estético (colocação de facetas) e a causa da morte (choque cardiogênico e septicemia) do paciente”. Ele também mencionou que a morte de Luiz Carlos foi causada pelo agravamento de uma doença cardiovascular preexistente (dissecção de aorta) e por septicemia provocada por Corynebacterium amycolatum, resultando em choque cardiogênico, sem qualquer relação causal com o procedimento odontológico estético.

Portanto, o promotor concluiu que não há fundamentos para atribuir à dentista a prática de homicídio culposo. Ele ressaltou, no entanto, que o arquivamento do inquérito não implica em impunidade, pois “este despacho não possui eficácia de coisa julgada e não cria preclusão, podendo o procedimento ser reaberto a qualquer momento diante da emergência de novas evidências”.

By Negócio em Alta

Veja também