Desvendando a Trama: Operação Apito Final

Na manhã de terça-feira, a Operação Apito Final fez soar um sinal de alerta nas entranhas do crime organizado. Vinte e cinco indivíduos foram detidos sob forte suspeita de participação em uma operação de lavagem de dinheiro que ultrapassa a marca dos R$ 65 milhões. Esse golpe certeiro da lei foi desferido em Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos e Maceió (AL).

A Polícia Civil, meticulosamente organizada, executou 29 mandados de busca e apreensão, promovendo a indisponibilidade de 33 propriedades, o confisco de 45 veículos e o bloqueio de 25 contas bancárias. Por trás desses números, reside uma trama complexa, na qual o principal alvo, recentemente libertado do cárcere, se valia de uma rede de “laranjas” composta por amigos, familiares e advogados para ocultar suas transações ilegais.

O inquérito ganhou impulso quando as autoridades descobriram que esse indivíduo, anteriormente associado ao tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, ascendeu ao posto de tesoureiro em uma facção criminosa. A partir daí, uma série de transações imobiliárias e automobilísticas foram realizadas, todas destinadas a lavar o dinheiro proveniente das atividades ilícitas.

A investigação revelou aquisições de diversos terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média, todos registrados em nome de “laranjas” mas, de fato, diretamente vinculados ao principal investigado. Além disso, transações para a compra de veículos utilizaram garagens de compra e venda como subterfúgio para ocultar a verdadeira propriedade desses bens.

A teia do crime não poupava esforços, nem fronteiras. Quatro alvos da operação foram capturados em Maceió, enquanto participavam de uma partida de futebol, na última sexta-feira. E na terça-feira, um quinto alvo, um advogado e membro da organização criminosa, foi preso em Maceió, enquanto prestava assistência jurídica a um cliente, completando assim o cerco contra essa rede delituosa.

By Negócio em Alta

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