Retração de 5,3% se deve às medidas de isolamento social decretadas nos municípios na segunda quinzena do mês. Centro de Campina Grande vazio e com lojas fechadas após decreto de isolamento social como medida preventiva à Covid-19
Artur Lira/TV Cabo Branco
O volume de vendas na Paraíba apresentou a maior queda no índice para o comércio varejista em um ano e meio, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (13). Segundo o IBGE, o volume de vendas caiu 5,3% no mês de março e comparação a fevereiro. É o índice negativo mais intenso desde setembro de 2018, quando a redução foi de 8,4%.
De acordo com a pesquisa, a retração do índice no estado foi maior do que a média nacional, que foi de -2,5%. Apesar disso, o estado teve a terceira menor variação do Nordeste, ficando atrás do Piauí (-5%) e Maranhão (-5,1%).
Conforme o IBGE, a retração no volume de vendas foi causada pela estratégia de isolamento social adotada em algumas das cidades mais importantes e populosas da Paraíba a partir da segunda quinzena de março e aconteceu em seis das oito atividades pesquisadas.
Para o gerente da PMC no Brasil, Cristiano Santos, nacionalmente, a queda só não foi mais intensa por causa de áreas consideradas essenciais durante o período de isolamento social.
“As cidades consideraram hiper e supermercados e produtos farmacêuticos como atividades essenciais, enquanto as demais tiveram as portas fechadas nos comércios de rua e nos centros comerciais”, disse Cristiano.
Ainda de acordo com a PMC, o impacto na receita nominal de vendas do setor no estado foi um pouco menor, mas ainda assim houve uma queda de 3,7% em março, acima da média nacional, que recuou 1%.
Assim como o volume de vendas, a variação da receita também foi a terceira menor do Nordeste, atrás de Piauí (-2,9%) e Maranhão (-3,5%).
No acumulado de 12 meses, o volume de vendas apresentou uma variação positiva de 2% em março, enquanto que a média brasileira foi de 2,1%. Neste mesmo período, a receita nominal do estado acumulou alta de 5,2%. No Brasil o acumulado foi de 5,3%.