Taxa de ocupação dos leitos de UTI para a Covid-19 é de 87% na Grande São Paulo

O estado de São Paulo tem hoje 9,5 mil pacientes internados com suspeita ou confirmação da doença. Quase 3,8 mil em UTIs e mais de 5,7 mil em enfermarias. Taxa de ocupação nas UTIs da Grande São Paulo chega a quase 90%
Com mais de 3.600 mortes pela Covid-19, o estado de São Paulo enfrenta hospitais cada vez mais cheios. A taxa de ocupação de UTIs chega a quase 90% na Grande São Paulo.
Não há mais leitos vazios: em um hospital estadual de Guarulhos, na Grande São Paulo, os pacientes internados com a Covid-19, que precisam de cuidados intensivos, ficam todos juntos, um ao lado do outro. Cenas que se repetem em muitos hospitais públicos da capital, da Grande São Paulo e até do interior.
Em Bauru, a taxa de ocupação dos leitos reservados aos pacientes com o novo coronavírus chegou a 100% nesta semana. Em Osasco, 34 dos 40 leitos de UTI para Covid-19 estão ocupados.
Nem um dos hospitais de referência no tratamento de doenças infecto contagiosas em São Paulo consegue dar conta de tantos pacientes. Na UTI do Emílio Ribas, praticamente todos os leitos estão ocupados, 20 precisaram ser adaptados nas enfermarias e mais dez devem começar a funcionar ainda esse mês.
O hospital, que enfrentou as principais epidemias dos últimos 140 anos, anunciou que, a partir de agora, vai se dedicar exclusivamente ao tratamento da Covid-19.
O estado de São Paulo tem hoje 9,5 mil pacientes internados com suspeita ou confirmação da doença. Quase 3,8 mil em UTIs e mais de 5,7 mil em enfermarias. A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para a Covid-19 é de 68% no estado e 87% na Grande São Paulo.
A Teca sente falta do abraço apertado do pai. Seu Benedito morreu no dia 29, aos 66 anos, depois de 13 dias internado com a Covid-19. “Eu não quero ter essa lembrança, sabe, eu ver meu pai naquele desespero não conseguindo respirar. Ele era amigo de todo mundo, um cara fora do normal, era meu amigo, meu conselheiro. É um vazio enorme, é uma dor muito grande. Meu pai era tudo para mim”, desabafa Maria Amélia Pereira, voluntária.
A partir de segunda-feira, os motoristas da capital vão enfrentar medidas mais duras durante a quarentena. Será um novo tipo de rodízio de veículos. A ideia é que metade da frota rode em dias pares e a outra metade em dias ímpares. É mais uma tentativa das autoridades para tentar frear a disseminação do vírus e reforçar o isolamento social que, na sexta (8), registrou um dos níveis mais baixos desde o início da quarentena: 46%.
O governo de São Paulo declarou que reservou mais de mil leitos de UTI somente para pacientes com a Covid. Além disso, pediu ao ministério da saúde habilitação de mais 2,8 mil novos leitos de UTI, mas pouco menos de mil foram efetivamente habilitados. Nós não tivemos retorno do Ministério da Saúde.

By Negócio em Alta

Veja também