Secretário diz que criou força-tarefa para cuidar de contratos emergenciais na Saúde do RJ


Edmar Santos estava acompanhado do controlador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Hormindo Bicudo, em coletiva. Operação prendeu Gabriell Neves e Gustavo Borges, que ocuparam cargos na SES. O secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, afirmou nesta terça-feira (12) que criou uma força-tarefa para analisar os contratos emergenciais que o Rio de Janeiro irá firmar para o combate da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).
O objetivo, segundo Santos, é ter um “olhar mais atento” para possíveis irregularidades contratuais. O secretário afirmou que todos os acordos emergenciais estão sendo avaliados e as próximas licitações também serão analisadas pelo grupo formado.
“A gente está criando uma força-tarefa com integrantes da secretaria estadual de Saúde e a Controladoria Geral do Estado para que, a partir de agora, todos os novos contratos, especialmente os emergenciais, possam ser feitos com olhar mais atento dessa força-tarefa”, disse Edmar Santos.
“Nós não compactuamos com nada disso que aconteceu. Que as empresas inidôneas não se aproximem da secretaria. Vão encontrar uma organização que irá atuar na forma de prevenir e impedir que essas coisas aconteçam”, completou Santos
Ele esteve acompanhado do controlador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Hormindo Bicudo, em uma coletiva de imprensa para comentar as denúncias envolvendo a Secretaria de estado de Saúde do Rio (SES).
Witzel diz que não vai gastar dinheiro público com compra irregular
O governador do RJ, Wilson Witzel, disse nesta terça-feira (12) que “nenhum centavo” vai sair dos cofres do estado sem comprovação da regularidade dos contratos, em meio à pandemia de coronavírus.
“Nenhum centavo sairá dos cofres do estado sem que haja comprovação do preço de mercado e contratos regulares. Quem errou vai pagar”, escreveu.
O governou, no entanto, já pagou R$ 33 milhões adiantados às três empresas que foram alvo de ação do Ministério Público por suspeita de fraude na venda de respiradores na semana passada.
As compras ocorreram sem licitação. O levantamento exclusivo foi feito pelo G1, com base no site Compras Públicas do estado, sobre três empresas. Pessoas ligadas a elas foram presas na ação do MP.
Operação prende cinco
Na última quinta-feira (7), a Operação Mercadores do Caos prendeu Gabriell Neves e Gustavo Borges, que ocuparam cargos na Secretaria Estadual de Saúde, e outros empresários.
Gabriell Neves foi subsecretário de saúde do RJ na gestão Witzel. Gustavo Borges, por sua vez, substituiu Gabriell Neves, após ser exonerado no dia 20 de abril. Além deles, foram presos Aurino Batista de Souza Filho e Cinthya Silva Neumann.
Cinthya Silva Neumann é sócia da empresa Arc Fontoura Indústria e Comércio e Representações Ltda, que venceu o primeiro processo administrativo de contratação, com R$ 169,8 mil por respirador, somando valor correspondente a R$ 67.920.000,00.
Gabriell Neves foi exonerado do cargo de subsecretário de Saúde do RJ
Reprodução/TV Globo
O preso Aurino Filho faz parte da A2A, uma empresa de informática que ganhou contrato para fornecer respiradores ao estado.
O grupo é suspeito de ter obtido vantagens na compra emergencial de respiradores para pacientes de Covid-19 no estado.
Na sua decisão, o juiz Bruno Ruliére, da Vara Criminal Especializada da Capital, diz que Gabriell e Gustavo atuaram, de acordo com as investigações, nos processos administrativos suspeitos.
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By Negócio em Alta

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