A criação de uma cooperativa foi uma das sugestões apresentadas pelos produtores e aceita pela Arcon. Município de Mojuí dos Campos, no oeste do Pará
Reprodução/TV Tapajós
Uma reunião realizada nesta quarta-feira (8) discutiu o processo de regularização do transporte intermunicipal nos município de Santarém, Mojuí dos Campos e Belterra, na região oeste paraense. O encontro teve o objetivo de buscar entendimento e definir prazos para a atuação de operadores do transporte intermunicipal e produtores rurais.
O encontro contou com a presença de representantes do Ministério Público, Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará (Arcon), prefeituras e produtores rurais.
Segundo o produtor rural, Sidney Nunes, é grande a dificuldade enfrentada para transportar as mercadorias das comunidades mais distantes até as feiras e mercados de Santarém.
“Queremos a flexibilização da legislação do transporte de cargas e passageiros intermunicipal. A fiscalização estava muito rígida, impossibilitando que os ônibus que saem das comunidades rurais pudessem transitar em Santarém, porque só tem uma empresa legalizada até agora, só que essa empresa não busca a produção das pequenas famílias que fazem esse transporte da produção através de outras linhas de ônibus”, relatou.
Durante a reunião, uma das propostas que surgiu foi a de estabelecer o prazo de um ano para que as pessoas se adequassem. A criação de uma cooperativa foi uma das sugestões apresentadas pelos produtores e aceita pela Arcon.
O secretário regional de governo, Henderson Pinto, esclareceu que deve haver parcerias com os municípios, para acompanhar e buscar formas de encontrar financiamentos por meio das agências bancárias, para verificar a possibilidade de ajudar esses produtores a transportar as cargas para Santarém.
“Criar uma cooperativa, colocar em prática a ideia e de fato poder fazer um trabalho com o objetivo de regularizar todas essas linhas e o transporte desde o interior dos municípios até Santarém”, explicou Henderson.
Segundo o prefeito de Mojuí dos Campos, Jailson Alves, a reunião foi importante e produtiva. “Esse prazo de um ano para que eles se regularizem, via cooperativa, foi de muita sensibilidade. Houve esse comprometimento dos empresários, dos produtores, e que eles não deixem isso para a última hora, porque essa é uma discussão que já vem acontecendo desde 2015”, disse.
Para o promotor público do estado, Túlio Novaes, existe uma necessidade muito grande, e essa é uma necessidade social, de regularizar essa situação não só considerando a condição econômica dos fornecedores, mas da própria sociedade que depende desse fornecimento para obter parte dos alimentos.