Com período de maior convivência por causa do home office, relação entre as duas ficou ainda mais forte e este Dia das Mães será especial, com muito carinho. Quarentena aproximou ainda mais mãe e filha que trabalham na mesma empresa, mas quase não se viam
Rosa Aparecida/Arquivo Pessoal
A quarentena e o trabalho home office durante a pandemia do coronavírus aproximaram mãe e filha que trabalham na mesma empresa, porém, quase não se viam. As duas moram na mesma casa, em Goiânia, mas se encontravam, praticamente, apenas à noite, quando já estavam cansadas do dia de trabalho. Agora, o tempo em casa reforçou os laços afetivos entre as duas, o que torna este Dia das Mães, celebrado neste domingo (10), ainda mais especial.
Rosana Aparecida Reis, de 56 anos, e a filha, Relva Reis Rosa, de 29, trabalham na Enel. Porém, cada uma em uma função, cada uma em um andar diferente. Elas iam em carros separados devido aos horários e rotinas flexíveis dentro da empresa.
“A gente passava o dia todo no trabalho, nem sempre dava para se encontrar durante o almoço, às vezes, uma tinha uma reunião. Depois, ainda tinham outras coisas, como academia e supermercado. Então, a gente se via mais no período da noite, quando já estávamos cansadas”, disse Rosana.
Porém, com a adoção de trabalho remoto, as duas passaram a ter um tempo maior de convivência e a perceber mais características uma da outra.
“Vendo ela nessas reuniões, sinto muito orgulho da minha filha, da profissional que ela se tornou, ver como ela cresceu”, disse Rosana sobre a filha.
Mãe e filha trabalham na mesma empresa, mas em departamento diferentes
Rosana Aparecida/Arquivo Pessoal
Cada uma trabalha em um cômodo diferente da casa. Mas, entre uma ida à cozinha para pegar uma água e a volta ao quarto, sempre sobra tempo para um “oi”, um acendo ou uma pergunta que há muito tempo não era ouvida: “O que vai ter para o almoço hoje?”.
Relva diz que está aproveitando esse tempo de maior proximidade com a mãe.
“Fez a gente se aproximar mais uma da outra, a gente tem a oportunidade de conviver mais, se conhecer mais. Vamos descobrindo coisas uma da outra”, afirma Relva.
Nesse dia Dia das Mães, Rosana diz que, apesar de o isolamento social impedir que a família toda se reúna, será uma data especial.
“Ela sempre foi muito carinhosa comigo, mas agora estamos mais próximas, então tem muito carinho, mais sentimento”, declara a mãe.
Perfis diferentes
As duas têm perfis diferentes. Rosana mantém o bom humor, comunicativa e risada fácil. Relva é mais contida e se define até mesmo com um pouco mais “estressada”. “Tem vez que eu grito ela aqui da sala, e ela está no quarto em reunião, com microfone aberto, já fica brava, mas eu encaro com mais tranquilidade, porque estamos vivendo uma situação diferente”, disse.
Porém, essa diferença no modo de ser não é algo que gera conflito. Pelo contrário, tem até ajudado em algumas situações. “Quando eu estou muito nervosa, ela vem com o bom humor dela e isso me tranquiliza”, disse Relva.
Mas, em uma coisa, as duas são unânimes: quando a pandemia passar e se a rotina voltar ao normal, sentirão falta desse tempo que passaram mais próximas.
“Vai ser uma outra fase das nossas vidas. Não sei como vai ser, mas se for igual a como era antes, vou sentir falta desse tempo”, disse Rosana.
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Rosana e a filha, Relva, usaram quarentena para ficarem mais próximas
Rosana Aparecida/Arquivo Pessoal