Protesto em Curitiba contra o racismo começa pacífico, mas termina com atos de vandalismo

Os manifestantes lotaram uma praça no centro de Curitiba com cartazes lembrando George Floyd. Quando a manifestação chegava ao fim, vândalos iniciaram o quebra-quebra. Protesto contra o racismo que começou pacífico termina com quebra-quebra em Curitiba
Um protesto contra o racismo, que começou pacífico, terminou com quebra-quebra, na noite de segunda-feira (1º), em Curitiba.
Os manifestantes lotaram uma praça no centro de Curitiba com cartazes lembrando George Floyd, o ex-segurança negro que foi morto por um policial branco nos Estados Unidos semana passada. Poucas pessoas não usavam máscaras, que são obrigatórias em todo estado. Foram dois quilômetros de caminhada, de forma pacífica, até a sede do governo do estado.
Quando a manifestação chegava ao fim, vândalos colocaram fogo na bandeira do Brasil, depredaram agências bancárias, picharam um ponto de ônibus e quebraram a fachada do fórum.
A polícia reagiu. Um policial ficou ferido sem gravidade. Não houve registro de feridos entre os manifestantes.
Seis pessoas foram presas em flagrante e tiveram os celulares apreendidos. A polícia quer identificar outros vândalos e saber se os investigados se organizaram antes do protesto com o objetivo de fazer o quebra-quebra.
Os advogados dos organizadores do protesto contra o racismo protocolaram no Ministério Público um pedido de investigação para que os responsáveis pelo vandalismo sejam identificados e punidos.
A Polícia Militar do Paraná também condenou o quebra-quebra. “A Polícia Militar está para garantir o direito das pessoas de manifestação e repudia qualquer ato de violência ou que infira aquilo que está previsto em lei”, afirma o coronel Hudson Teixeira, do 1º Comando Regional da PM.
A OAB do Paraná afirmou que o direito a manifestação é legítimo, mas condenou o vandalismo. “A própria Constituição exige que essas manifestações sejam feitas pacificamente. O que nós vimos ontem é, na verdade, um atentado contra a democracia”, diz Cássio Telles, presidente da OAB-PR.

By Negócio em Alta

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