Promotores decidem endurecer acusação contra ex-policial que matou George Floyd

Derek Chauvin vai responder agora por homicídio doloso em segundo grau, quando há intenção de matar, mas sem premeditação. Outros três policiais também serão acusados. Promotores decidem endurecer acusação contra ex-policial que matou George Floyd
Nos Estados Unidos, depois de nove dias de protestos, os promotores decidiram endurecer a acusação contra o ex-policial que matou George Floyd. E também anunciaram acusações a mais três ex-policiais, que estavam na cena do crime.
Derek Chauvin vai responder agora por homicídio doloso em segundo grau – quando há intenção de matar, mas sem premeditação.
Na sexta-feira (29), o ex-policial tinha sido acusado por homicídio sem intenção de matar. Nesta quarta (3), os promotores disseram que as provas que têm justificam a nova acusação, mas não deram mais detalhes. Com a mudança, a pena, que antes poderia chegar a até 25 anos, passa para até 40 anos.
Os outros três policiais, que participaram do crime, também tiveram a prisão decretada e foram acusados por auxílio e cumplicidade no homicídio. Eles estão sujeitos à mesma pena de Chauvin.
No nono dia de protestos, além do nome de George Floyd, milhares de manifestantes também gritam o nome de Breonna Taylor, também morta pela polícia. A garota de 26 anos levou oito tiros dentro do próprio apartamento – que a polícia achou que fosse ponto de tráfico.
No Brooklyn, placas escritas: ‘negócio de propriedade de um negro’ começaram a surgir em vários estabelecimentos. A atendente da lanchonete explica: “com a onda de depredações, a gente quer que as pessoas apoiem os empreendimentos dos negros. Pra fazer girar o dinheiro de pessoas negras”.
Na manifestação, Tania diz: “todo mundo tem que se ajudar. Eu e todo negro que conheço foi atingido pessoalmente por esse tipo de racismo estrutural: é mais difícil conseguir um financiamento imobiliário ou um emprego”.
Na terça-feira (2), em Nova York, pouco antes do toque de recolher, os celulares tocaram com a mesma mensagem. Ali os manifestantes avisaram que não o respeitariam.
Uma hora depois do toque de recolher, os manifestantes continuaram na rua e as lideranças negras diziam que eles deveriam continuar pra sentir na pele a ameaça que os negros sentem todos os dias. Mas o adiantamento do toque de recolher diminuiu os furtos e saques.
O prefeito Bill de Blasio disse que os policiais estão orientados a evitar conflitos e a tentar dialogar. A equipe do Jornal Nacional presenciou isso na noite de terça-feira (2). “Já passou da hora do toque de recolher e esse policial está negociando com os manifestantes pra que eles abram a ponte”, diz o repórter.
Mesmo assim foram mais de 200 prisões, especialmente por desrespeito ao toque de recolher. Menos violência, mas a quantidade de pessoas nas ruas não diminuiu.
No meio disso tudo imagina ser o Tarik. Depois que o carro ficou preso no engarrafamento causado pela manifestação no Brooklyn, ele disse: “isso é histórico!” Enquanto os manifestantes aplaudiam o momento em que tudo pareceu fazer sentido.

By Negócio em Alta

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