Oitavo dia de protestos contra o racismo nos EUA é mais calmo


A terça-feira (2) foi considerada o dia mais calmo desta onda de manifestações que começaram com a morte do ex-segurança negro George Floyd, em Minneapolis. Os protestos registrados pelo 8º dia consecutivo nos Estados Unidos tiveram menos incidentes violentos. A terça-feira (2) foi considerada o dia mais calmo desta onda de manifestações que começaram com a morte do ex-segurança negro George Floyd, em Minneapolis.
Desde o início dos protestos, em dia 25 de maio, mais de 9 mil pessoas foram presas. Na noite de terça-feira, ainda houve registro de saques em Nova York, mas houve um nítido recuo na violência em comparação com os últimos dias, quando manifestações pacíficas terminavam em confrontos violentos com as forças de segurança.
As autoridades ampliaram o toque de recolher e dispersou manifestantes enquanto ainda era dia em Nova York embora um grupo ainda tenha permanecido nas ruas além do prazo estipulado sem que fosse registrado um confronto com a polícia.
Em Washington, os manifestantes voltaram a se reunir em uma quadra próxima à Casa Branca, sede do governo americano, onde no dia anterior policiais com a ajuda da cavalaria dispersaram um grupo para abrir caminho para o presidente Donald Trump fazer uma foto perto da igreja St. John.
Também houve protestos em Los Angeles, Miami, St. Paul, Minnesota, Columbia, Carolina do Sul e Houston.
Quarenta cidades americanas impuseram restrições na circulação à noite em uma tentativa de evitar novos confrontos.
Papa Francisco
O Papa Francisco considerou nesta quarta-feira (3) trágica a morte de George Floyd e afirmou que qualquer forma de racismo é “intolerável”.
“Não podemos tolerar nem fechar os olhos diante de nenhuma forma de racismo ou de exclusão”, disse Francisco em sua audiência semanal.
O pontífice, porém, posicionou-se contra a violência, afirmando que “nada se ganha” com reações violentas como as registradas nos últimos dias.
Ele disse rezar pela alma de George Floyd e por todos os outros que perderam a vida por causa do pecado do racismo.
Morte de George Floyd
George Floyd estava sub custódia policial quando foi morto por agente branco
AFP/Facebook / Darnella Frazier
George Floyd morreu em 25 de maio após ser filmado com o pescoço prensado pelo joelho de um policial branco em Minneapolis. O ex-segurança, que era negro, foi alvo da operação policial por supostamente tentar pagar uma conta em uma mercearia com nota falsa de US$ 20, segundo a imprensa norte-americana.
As imagens reacenderam a questão racial dos Estados Unidos e deram início a uma série de protestos antirracismo que tomaram conta do país. Com a comoção nacional e mundial, o policial filmado ajoelhado sobre o pescoço de Floyd foi preso e formalmente acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente).
Uma primeira perícia, oficial, não indicou evidências de que Floyd morreu por asfixia. Entretanto, outras duas autópsias indicaram que, sim, o ex-segurança foi morto por sufocamento.
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By Negócio em Alta

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