Número de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave crescem 9.067% no Maranhão


Crescimento foi registrado no comparativo entre os meses de abril de 2019 e de 2020. Levantamento foi realizado pelo G1 com base em dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Fachada da sede Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão.
Divulgação/SES
O Maranhão registrou um aumento de 9.067% no número de mortes de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no comparativo entre os meses de abril de 2019 e de 2020. O levantamento foi realizado pelo G1 com base em dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Os dados apontam que em abril de 2019 foram registradas três mortes por SRAG, sendo uma por H1N1 e duas por síndrome não especificada. Já em 2020, foram 275 óbitos sendo 271 por Covid-19 e quatro por H1N1.
A SRAG é uma doença respiratória grave que exige internação e é causada por vírus, seja ele o novo coronavírus (Sars-CoV-2), o Influenza (H1N1) ou outros.
Anteriormente, o G1 havia mostrado que o número de mortes por SRAG quadruplicou no primeiro trimestre de 2020, quando comparado ao mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2019, três pessoas morreram e em 2020, 12 pessoas vieram a óbito.
Em relação as causas, o levantamento mostra que a maior parte dos óbitos não apresentou causa específica em ambos os anos. Dos 15 óbitos notificados pela SES, nove não foram especificados, três foram por H1N1, duas por Covid-19 e uma por bronco aspiração.
Internações por SRAG sobem
Em boletim divulgado na sexta-feira (8), o Ministério da Saúde apontou que as internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) subiram 606%, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Entre os tipos de pacientes internados ou mortos por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2, a maior parte são pretos ou pardos Os dados apontam um subnotificação dos casos de pacientes infectados pela doença.
Internações por síndromes respiratórias graves aumentaram 606% em relação ao ano passado
A subnotificação de casos já havia sido apontada por um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), obtido pelo G1 em abril. De acordo com a pesquisa, houve um aumento expressivo nas internações por SRAG em 2020, quando comparado com a média dos últimos dez anos.
Na contagem da Fiocruz até 4 de abril deste ano, o Brasil teve 33,5 mil internações por SRAG, muito acima da média desde 2010, de 3,9 mil casos. Mesmo em 2016, quando houve um surto de H1N1, foram registrados 10,4 mil casos no mesmo período do ano.
Número de internações por síndromes respiratórias é muito maior neste ano, o que indica uma subnotificação de casos de Covid-19
Guilherme Gomes/G1
SRAG
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é caracterizada por quadro de febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e, pelo menos, um dos seguintes sintomas:
Cefaleia;
Mialgia ou artralgia (dor articular), na ausência de outro diagnóstico específico;
Dispneia;
Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com a idade;
Piora nas condições clínicas de doença de base;
Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente, entre outros sinais e sintomas.
Coronavírus no Maranhão
Até a publicação desta reportagem, o Maranhão havia registrado 399 por Covid-19, de acordo com o último boletim divulgado na noite de domingo (10), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Ao todo, são 8.144 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em 160 municípios.
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De acordo com a SES, divulgou ainda que 1.742 pessoas já foram curadas no estado. O número de profissionais de saúde infectados chegou a 699 e deste número, 609 estão recuperados e 12 vieram a óbito. Ao todo, foram realizados 16.512 testes de Covid-19 no Maranhão.
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By Negócio em Alta

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