Entre as reivindicações da comunidade, está a criação de protocolo de transferência para casos graves da doença. Prefeitura diz que já tem e é regulado pela Sespa. Moradores cobram assistência à saúde em São Sebastião da Boa Vista, no Marajó
Os moradores de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó, protestaram contra a falta de assistência à comunidade, durante a pandemia do novo coronavírus no município. Nesta sexta-feira (8), eles fizeram um panelaço em alguns pontos da cidade.
Entre as reivindicações da comunidade, está o pedido para que a prefeitura apresente um plano de enfrentamento e combate à pandemia da Covid-19, com protocolo de transferência para casos graves da doença, fiscalização e suporte às famílias com a distribuição de cestas básicas ou vale alimentação para todos os alunos da rede municipal de ensino.
A população pede ainda a adequação de um espaço de atendimento de casos suspeitos fora do hospital municipal e o reabastecimento urgente da farmácia da unidade com medicamentos utilizados no tratamento inicial dos sintomas da infecção pelo novo coronavírus.
Segundo a administração municipal, foram registrados na cidade 13 casos confirmados da Covid-19, seis mortes – sendo três com suspeita clínica da doença – e 89 paciente estão com sintomas e são acompanhados.
Em nota, a Prefeitura de São Sebastião da Boa Vista disse que possui um plano de contingência para a Covid-19 e que está sendo realizado, desde o dia 18 de março, com ações de vigilância sanitária e epidemiológica, além de borrifações em locais públicos e fiscalizações nos transportes público e fluvial.
A prefeitura disse ainda que possui protocolo de transferência para casos mais graves, que é regulado por meio da Sespa; além de um levantamento da Secretaria Municipal de Assistência Social para atender famílias em vulnerabilidade.
Sobre o espaço para casos suspeitos de Covid-19 fora do hospital municipal, a prefeitura explicou que não é possível pela falta de profissionais de saúde. Também já foi realizada solicitação de reabastecimento de medicamentos, mas os fornecedores não estão conseguindo atender a todos os pedidos.
Ainda de acordo com a prefeitura, existem 32 leitos clínicos, na cidade, e que o hospital do município é de atenção básica, não possui UTI, mas que já está sendo construída uma sala de pacientes graves com três leitos, para atender casos suspeitos da Covid-19.