Em Londres, milhares de pessoas foram para as ruas, apesar do pedido das autoridades para que não houvesse aglomerações por causa da pandemia. Paris, Berlim, Austrália e Japão também tiveram atos. Manifestações antirracismo se espalham pelo mundo neste sábado (6)
As manifestações antirracismo se espalharam pelo mundo neste sábado (6). Em Londres, milhares de pessoas foram para as ruas, apesar do pedido das autoridades para que não houvesse aglomerações por causa da pandemia.
A trilha sonora antirracista em Londres foi o nosso samba. Brasileiros e muitos imigrantes se juntaram a milhares de britânicos e tomaram as ruas para lembrar que ”ignorância é o mesmo que cumplicidade”. Que ”se você fica neutro em situações de injustiça, você está escolhendo o lado do opressor”.
Nos braços da estátua de Nelson Mandela, o manifestante viu a multidão que se juntou em frente ao Parlamento britânico, palco histórico de manifestações.
Com mais esse grande protesto, Londres passa a mensagem de que o Reino Unido não é uma ilha livre do racismo, pelo contrário. Além do apoio aos manifestantes americanos contra a morte de George Floyd, há uma pauta local forte: uma lista de vítimas da violência policial no país. Entra elas, um brasileiro.
A menina homenageia, entre vários nomes, o de Jean Charles de Menezes. O eletricista brasileiro foi assassinado pela polícia de Londres em 2005. As autoridades disseram que ele foi confundido com um terrorista – duas semanas depois de ataques que mataram 52 pessoas na rede de transporte. Os policiais não foram condenados.
Um manifestante veste a camisa com os nomes de tantas outras vítimas. ”A polícia do Reino Unido não é inocente”, ele diz. ”A gente não aguenta mais viver nessa situação”.
Os mesmos gritos se espalharam por outras cidades da Europa, como Paris e Berlim, que fez um minuto de silêncio pelas vítimas de racismo mundo afora.
Na Austrália, milhares saíram de casa. Os japoneses também foram para a rua dizer que vidas negras importam. E que a violência policial precisa acabar.