Dos relógios inteligentes a coletes e camisetas que monitoram indicadores de saúde, esses dispositivos ganham cada vez mais espaço. Alguns cliques em uma tela nos permitem comprar, fazer transações bancárias, ter acesso a entretenimento de qualidade e até namorar. A revolução tecnológica, no entanto, não chegou ao fim com dispositivos como smartphones.
No mundo que se transforma com a internet das coisas e a capacidade para processar um volume gigantesco de dados, limitar-se a uma tela já não é mais suficiente. São inovações que permitiram o surgimento da tecnologia vestível, na forma de relógios, bonés e camisetas inteligentes, entre outros.
A lógica é simples: acoplam-se sensores, placas ou algum outro dispositivo eletrônico a uma peça de roupa ou acessório que vestimos. Com isso, o que seria um simples item de guarda-roupa passa a gerar dados que podem nos ajudar em diversas tarefas.
A seguir, confira cinco exemplos de aplicação de tecnologias vestíveis.
1. Um mundo de aplicativos no pulso
Talvez a aplicação de tecnologia vestível mais popular, o relógio inteligente traz a vantagem de permitir ao usuário acesso ao universo de aplicativos que estamos acostumados a usar no celular.
E-mails, mensagens e mapas, entre outras funcionalidades, estão disponíveis. O dispositivo, porém, não é apenas uma réplica de smartphone em forma de relógio. O contato com o pulso garante funcionalidades interessantes como o monitoramento da frequência cardíaca, algo que se torna especialmente útil na prática de atividades físicas.
2. Cuidado com a saúde
Quando falamos em algo vestível, nossa primeira reação é pensar em roupas. Camisetas, coletes e jaquetas, por exemplo, podem receber sensores e outros dispositivos para que se transformem em roupas inteligentes.
As principais aplicações são as que ajudam o usuário a monitorar indicadores de saúde. Coletes e camisetas que levam acoplados eletrodos sem fio, sensores e placas geram dados importantes. São informações de frequência cardíaca, pressão arterial e ondas do eletrocardiograma, entre outras.
Há ainda roupas inteligentes com funcionalidades diferentes do monitoramento de saúde. Entre alguns exemplos de destaque, a jaqueta que esquenta ou esfria com base na temperatura do corpo e do ar, além de roupas de banho com sensor de raios ultravioletas, que o avisam quando é hora de procurar uma sombra para evitar superexposição ao sol.
3. Segurança do trabalho
Um boné com sensor acoplado que mede a atividade cerebral. Se fosse em um filme de ficção científica, talvez seu uso fosse para ler pensamentos, mas a aplicação destes dispositivos no mundo real serve a um propósito bem mais nobre: evitar acidentes de trabalhadores com fadiga.
Motoristas de caminhão e mineiros estão entre os profissionais que têm utilizado o boné. Ao detectar o cansaço e alertar o trabalhador, o dispositivo evita incidentes perigosos.
Outra exemplo de ferramenta que auxilia na segurança do trabalhador é um colete inteligente, que detecta quando um operário entra em uma área mais perigosa de uma construção e o alerta para que redobre a atenção.
4. Policiamento high-tech
Desde 2017, autoridades de segurança chinesas usam óculos inteligentes que ajudam seu trabalho nas ruas. Policiais, agentes de segurança em aeroportos e em rodovias estão entre os profissionais que utilizam o dispositivo.
O óculos permite acesso em tempo real a uma base de dados de reconhecimento facial e a informações sobre placas de veículos. Assim, os policiais e agentes podem identificar criminosos com agilidade.
5. Aprendizado e entretenimento
Basta colocar um óculos para ingressar em um mundo virtual ou que tenha elementos virtuais para “aumentar” a realidade. Aplicações de realidade virtual ou de realidade aumentada permitem turbinar a experiência de aprendizado e de lazer.
A realidade virtual não tem qualquer conexão com o mundo real à volta. É totalmente criada. Os óculos de realidade virtual dão ao usuário a possibilidade de imersão total neste universo, que é muito usado em jogos eletrônicos, por exemplo.
Já na realidade aumentada elementos gráficos e informativos surgem no campo de visão sem que se “apague” a percepção do mundo real. O item 4 deste texto é um bom exemplo: os policiais veem o movimento de pessoas na rua normalmente e sua visão é “aumentada” pelos dados de reconhecimento facial que podem alertar para a presença de um criminoso.
Outra aplicação interessante da realidade aumentada está nas salas de aula. Os professores seguem presentes, orientando seus alunos munidos de óculos inteligentes. Suas falas, porém, são ilustradas por imagens em três dimensões que surgem na lente para facilitar o entendimento.
