Governo do RJ rompe contrato com organização gestora de hospitais de campanha

O governador Wilson Witzel disse que o fator decisivo para o rompimento do contrato foi a compra de aparelhos que não serviriam para casos de Covid. Governo do RJ rompe contrato com organização gestora de hospitais de campanha
O governo estadual do Rio de Janeiro rompeu contrato com a organização social Iabas para a construção e a gestão dos hospitais de campanha. A instituição é suspeita de corrupção.
Atrasos nas obras, deficiência de gestão foram os motivos alegados para a rescisão do contrato. No decreto, o governador do Rio, Wilson Witzel, do PSC, determinou a intervenção em todos os hospitais de campanha geridos pela organização social Iabas, com afastamento imediato.
Dos sete hospitais de campanha, apenas um foi inaugurado: o do Maracanã, e mesmo assim, vem operando com um terço da capacidade. A promessa era que todas as unidades estivessem em pleno funcionamento até o dia 30 de abril – há mais de um mês.
Com o afastamento da organização social Iabas, a Fundação Estadual de Saúde vai ficar responsável pela conclusão das obras e gestão das unidades, mas ainda não há qualquer prazo definido.
O governador disse que o fator decisivo para o rompimento do contrato foi a compra de aparelhos que não serviriam para casos de Covid. “A gota d’água foi saber que os respiradores que eles estavam importando não são respiradores: são carrinhos de anestesia, e não se prestam para a utilização nesses hospitais de campanha”, afirma Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro.
O Iabas alega que os carrinhos são os mesmos adquiridos por Nova York durante a pandemia. “Os carrinhos, em um hospital comum, eles não seriam utilizados, você utilizaria respiradores comuns. Mas respiradores comuns não há no mundo atualmente,. Portanto, os carrinhos são utilizados para hospitais de campanha, com base na pandemia, num momento onde o mundo não produz mais respiradores”, diz Gustavo Guedes, advogado do Iabas.
Segundo anestesistas e médicos de UTI, os carrinhos não são indicados para tratamentos longos.
Tanto o Iabas quanto o governador, Wilson Witzel, e o ex-secretário de Saúde Edmar Santos são investigados pela Procuradoria-Geral da República por suspeitas de corrupção.
A defesa de Wilson Witzel afirma que não há indícios mínimos para que o governador figure como investigado.

By Negócio em Alta

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