Governo desativa o último Centro de Internação Provisória para adolescentes infratores no estado


Dezessete adolescentes que ainda estavam no local foram transferidos para um Centro de Atendimento Socioeducativo, em Goiânia. Um incêndio ocorrido em maio de 2018, neste centro, provocou a morte de 10 menores. Centro de internação para menores infratores é desativado em Goiânia
O governo desativou nesta terça-feira (2) o último Centro de Internação Provisória (CIP) de Goiás, usado para adolescentes apreendidos em práticas de crimes cumprirem medidas socioeducativas. O local que funcionava em Goiânia já foi alvo de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o Ministério Público e o governo por causa das instalações e a desativação deveria ter sido concretizada em 2012. Com o fechamento do CIP, as estruturas atuais em funcionamento para adolescentes infratores são os Centros de Atendimento Socioeducativo (Cases).
Os 17 adolescentes que ainda estavam no centro de internação foram transferidos, na última quinta-feira (28), para o Case do Conjunto Vera Cruz, na capital. Além deste centro para onde os menores foram levados, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciou no evento de desativação que mais três Cases estão em fase final de construção, em Itaberaí, Itumbiara e Porangatu.
“Hoje estamos saindo de algo que foi uma mácula que foi muito forte em Goiás, de 10 jovens que morreram asfixiados e queimados em cela, para um ambiente diferente, onde não será só um centro socioeducativo em Goiânia. Outros centros estão em fases terminativas e vai expandir a oportunidade de acolher estes adolescentes que cometeram crime e acreditamos na capacidade de recuperá-los”, comentou Caiado.
Incêndio no CIP provoca 10 mortes
Um incêndio ocorrido em maio de 2018 provocou a morte de 10 adolescentes no centro de internação que foi desativado. Segundo o corpo de Bombeiros divulgou à época, os adolescentes atearam fogo a um colchão enrolado na grade de um dos alojamentos da Ala A.
No centro de internação estavam cerca de 50 internos, mas no alojamento incendiado estavam 11 adolescentes. A Polícia Civil indiciou, à época, 13 servidores públicos estaduais por homicídio culposo. Segundo a corporação, eles foram negligentes ao demorar começar a combater o fogo e a tentar salvar os menores.
Imagem mostra quando fogo começa em Centro de Internação de Goiânia
Reprodução/TV Anhanguera
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By Negócio em Alta

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