Renan Silva Sena era funcionário terceirizando e foi substituído na segunda-feira (4); segundo empresa responsável pela contratação, ele não comparecia ao trabalho desde abril. G1 localizou engenheiro com outros simpatizantes do governo durante a tarde desta quarta (6). Renan Sena e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira(6).
Afonso Ferreira/G1
Mesmo após a Polícia Civil do Distrito Federal começar investigar o ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher da Família e dos Direito Humanos (MMFDH) Renan Silva Sena, por agredir profissionais de saúde durante um protesto a favor do isolamento social, o engenheiro eletricista continua na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Mesmo após a Polícia Civil do Distrito Federal começar a investigar o ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) Renan Silva Sena, por agredir profissionais de saúde, o engenheiro eletricista continua nos arredores do Palácio do Planalto, em Brasília.
Durante a tarde desta quarta-feira (6), o G1 encontrou Sena, vestido com uma camiseta com o rosto do presidente Jair Bolsonaro, na Praça dos Três Poderes. Ele estava junto a um grupo de apoiadores do governo e não falou com a reportagem.
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Na segunda-feira (4), Sena foi substituído por outro funcionário terceirizado no ministério. Segundo a pasta, desde março ele trabalhava em home office por ser grupo de risco para o novo coronavírus.
No entanto, conforme a G4F Soluções Corporativas Ltda, responsável pela contratação, em abril o engenheiro eletricista “parou de atender as chamadas do ministério” e não foi mais localizado.
Nesta quarta, o ex- funcionário do MMFDH gravava vídeos e conversava com outras pessoas. Uma placa próxima dizia “Acampamento patriota”. Ao lado da entrada do museu, havia pertences dos manifestantes, como colchões, fardos de água mineral, sacolas e barracas.
Grupo vestido de verde e amarelo e pinta faixas, próximo ao Palácio da Justiça, em Brasília, nesta quarta-feira (6)
Afonso Ferreira/G1
O G1 esteve no local por cerca de 30 minutos. O grupo falava sobre as ações e atitudes do presidente. Pelo menos três carros da Polícia Militar foram vistos no local. No meio da tarde, um ônibus da PM chegou à Praça dos Três Poderes.
A cerca de 600 metros, próximo ao Palácio da Justiça, um outro grupo vestido de verde e amarelo pintava faixas. A Polícia Militar esteve no local e orientou os manifestantes que acampar ali estava proibido.
Contato com o presidente
Homem que agrediu enfermeiras continua nos arredores do Palácio do Planalto, em Brasília
Na terça-feira (5), Renan Silva Sena também esteve em frente ao Palácio do Planalto. Quando o presidente Jair Bolsonaro saiu até a rampa, ele gritou palavras de apoio (veja vídeo acima).
“Estamos do seu lado, de qualquer decisão sua”, disse o engenheiro. Pelas imagens, o presidente não chegou a falar com Sena.
Agressões filmadas
Vídeo mostra confusão com manifestante vestido de verde e amarelo
As agressões contra profissionais de saúde foram filmadas por manifestantes, no feriado de sexta-feira (1º), Dia do Trabalhador. Um grupo de profissionais da área da saúde fazia um protesto silencioso, com 55 cruzes, representando os mortos da categoria durante o trabalho na linha de frente ao combate à Covid-19.
Renan Silva xingou e empurrou duas enfermeiras. Na segunda-feira (4), o engenheiro eletricista foi substituído por outro funcionário terceirizado no Ministério dos Direitos Humanos.
A pasta informou ao G1 que ele havia sido contratado em 5 de fevereiro e que, desde 7 de abril, “estava em trabalho remoto diante da pandemia”.
Outras duas pessoas foram identificadas por participar das agressões, o empresário goiano Gustavo Gayer Machado de Araújo e a empresária Marluce de Carvalho Oliveira.
Identificados agressores de enfermeiros
Ele divulgou um vídeo nas redes sociais afirmando que as pessoas que participavam do protesto não eram profissionais de saúde. Ela apareceu em vídeos xingando enfermeiros de “medíocres” e “analfabetos funcionais” (assista acima).
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