Diretora de programa do Pentágono diz ser ‘razoável’ esperar vacina contra Covid-19 nos EUA até o fim do ano


Especialista das Forças Armadas acredita que imunização poderá atingir Fase 3 e ser licenciada para uso de uma parcela da população ‘em questão de meses’. Estudiosos tentam desenvolver vacina contra coronavírus.
CDC/Unsplash
A diretora do Programa de Pesquisa de Doenças Infecciosas das Forças Armadas dos Estados Unidos disse nesta terça-feira (2) que é razoável esperar algum tipo de vacina para o coronavírus disponível para uma parte da população norte-americana até o final do ano. 
“Algum tipo de vacina estará disponível em algum nível para uma parcela da população até o final do ano”, disse a coronel Wendy Sammons-Jackson, importante pesquisadora de vacinas do Exército, a jornalistas no Pentágono.
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Segundo a agência Reuters, outro cientista do Exército, Kayvon Modjarrad, disse que pesquisadores estão aprendendo sobre o novo vírus “mais rápido do que já aprendemos sobre qualquer outro vírus antes”. 
“Chegar a uma vacina em questão de meses, do conceito até a Fase 3 de testes clínicos e com potencial de licenciamento não tem precedentes”, disse Modjarrad. “Neste caso, eu acredito muito que seja possível”.
Em 15 de maio, o secretário de Defesa, Mark Esper, prometeu que as Forças Armadas dos Estados Unidos e outras partes do governo iriam, em colaboração com o setor privado, produzir uma vacina em escala para tratar o povo norte-americano e seus parceiros pelo mundo até o fim do ano. 
Pesquisadores disseram que o trabalho envolve empresas como AstraZeneca, Johnson & Johnson, Moderna e Sanofi para desenvolver medicamentos de anticorpos e vacinas e os militares planejam testar sua própria vacina em humanos no final do verão no Hemisfério Norte. 
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Estágios de produção de vacinas
Para chegar a uma vacina efetiva, os pesquisadores precisam percorrer diversas etapas. Entre elas está a pesquisa básica – que é o levantamento do tipo de vacina que pode ser feita. Depois, passam para os testes pré-clínicos, que podem ser in vitro ou em animais, para demonstrar a segurança do produto; e depois para os ensaios clínicos, que podem se desdobrar em outras quatro fases:
Fase 1: feita em seres humanos, para verificar a segurança da vacina nestes organismos
Fase 2: onde se estabelece qual a resposta imunológica do organismo (imunogenicidade)
Fase 3: última fase de estudo, para obter o registro sanitário
Fase 4: distribuição para a população
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By Negócio em Alta

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