Defensoria Pública da União entra com ação para garantir assistência em favelas do Rio durante pandemia e fala em ‘genocídio’

Órgão exige que governos aumentem equipes de saúde e testem a população. A Defensoria Pública da União elaborou uma ação para exigir que o Estado cumpra seu papel durante a pandemia e garanta programas sanitários, saúde, alimentação e assistência social para a população que vive em favelas no Rio.
“Se não for feito nenhum tipo de ação do poder público articulado nas três esferas de governo, a gente vai ter um genocídio muito elevado nessas comunidades”, afirmou a defensora Rita Cristina de Oliveira.
Os defensores exigem, entre outros pontos:
Aumento nas equipes de saúde e agentes comunitários;
Distribuição de kits de higiene;
Testagem da população para a Covid-19;
Ações de realocação de moradores em áreas de risco;
Garantia de serviços básicos como água e luz;
Ampliação da rede de internet.
Rita diz ainda que o Ministério da Saúde “está negligenciando” as estatísticas. “Não há um registro do marcador racial nem do território dessas periferias”, frisou.
Queixas diversas
João Vasconcelos lidera um projeto social que distribui quentinhas para moradores das favelas de Pilares, na Zona Norte do Rio, onde — segundo ele — “o governo não tem chegado da forma completa”.
“A gente tem aqui uma realidade de guerra desde que começou a Covid-19”, disse.
No Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul, o problema é a fome, segundo Thiago Firmino.
“Muita gente passando necessidade. A atuação está muito ruim, não há nada 100% efetivo nas favelas para ajudar o povo nesse momento tão duro”, destacou.
Rene Silva, do Voz das Comunidades, do Complexo do Alemão, lembra promessas não cumpridas.
“Foram prometidas cestas básicas, por exemplo, pela prefeitura que até hoje nunca chegaram”, exemplifica.

By Negócio em Alta

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