Presidente da Associação de Hospitais diz que recomendação já é cumprida nas unidades de saúde de Fortaleza. Profissionais da saúde devem atender pacientes mesmo em unidade lotadas, diz Cremec-CE
Paula Fróes/Govba
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará divulgou na segunda-feira (11) uma nota de alerta para que médicos não deixem de atender pacientes nas urgências e emergências dos hospitais particulares em Fortaleza, mesmo nas unidades lotadas. A nota foi uma resposta à restrição de atendimento a pacientes em algumas unidades, por conta da lotação durante a pandemia de coronavírus.
De acordo com a nota, o médico plantonista não pode deixar ou se recusar a prestar atendimentos nos setores de urgência e emergência, mesmo que seja o procedimento de triagem. O profissional de saúde também deverá, em caso de necessidade de intervenção médica imediata, prestar “a assistência deve ser prestada nas condições em que o médico se encontra, para que não seja caracterizada omissão de socorro”, caso isso não seja cumprido, pode também se caracterizar negligência.
Para Aramicy Pinto, presidente da Associação de Hospitais do Estado do Ceará, a preocupação do Conselho de Medicina é compreensível, devido ao cenário de pandemia, mas essa já é a orientação que os médicos recebem e vem sendo cumprida. “Eu acho que a nota do conselho é uma nota válida para o profissional médico, mas que não trouxe nenhum impacto para nós dos hospitais, porque nós já praticamos isso”, pontua o médico.
Atendimento obrigatório
O documento do Cremece-CE demonstra a preocupação com o atendimento do enfermo, destacando que o paciente atendido no Serviço Hospitalar de Urgência e Emergência (SHUE), obrigatoriamente deverá “ser atendido por um médico, não podendo, sob nenhuma justificativa, ser dispensado ou encaminhado a outra unidade de saúde por profissional que não o médico.
“O médico é quem faz o atendimento, o médico é quem interna, o médico é quem faz a transferência, o médico é quem diz se o doente vai ficar internado ou se vai para casa. Então eu acho que o conselho cumpre o papel dele, mas na via de regra já é o que o médico faz”, frisa o presidente da Associação de Hospitais do Estado.
A nota ressalta ainda que ações que devem ser tomadas pelos gestores das unidades hospitalares, em caso de superlotação. Uma vez acionado em função da superlotação, o diretor técnico do hospital deverá notificar essa circunstância ao gestor responsável e ao Conselho Regional de Medicina, para que as medidas necessárias ao enfrentamento de cada uma das situações sejam desencadeadas, conclui.
Avanço do coronavírus no Ceará
O Ceará registrou a morte de 1.257 pessoas por Covid-19, além de 18.215 casos da doença confirmados, até a tarde desta terça. Houve, contudo, a recuperação de 9.234 pessoas que contraíram a doença. Os dados são da plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do estado.
Em relação à última atualização desta segunda-feira (11), houve um aumento de 68 mortes. A doença passou hoje dos 18 mil casos confirmados.
Fortaleza, por sua vez, confirmou 934 óbitos causados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e 12.331 diagnósticos positivos.
Veja outras informações da plataforma:
São 31.856 casos suspeitos;
47.638 testes realizados;
A taxa de letalidade da doença no CE é de 6,9%.
Coronavírus: infográfico mostra principais sintomas da doença
Foto: Infografia/G1
Initial plugin text