Após embate, DF e Goiás assinam acordo de cooperação para ações de combate ao coronavírus


Documento prevê adoção de medidas conjuntas de testagem, tratamento e adoção de medidas sanitárias. Na quinta (14), Ibaneis chegou a dizer que barraria pacientes do Entorno. Secretários de Saúde do DF, Francisco Araújo, e de Goiás, Ismael Alexandrino, assinam termo de cooperação
Conass/Divulgação
Os governos do Distrito Federal e de Goiás assinaram, nesta sexta-feira (15), um acordo de cooperação que prevê, entre outras medidas, a articulação conjunta de ações de combate ao novo coronavírus.
A medida ocorre um dia após o governador Ibaneis Rocha (MDB) dizer que barraria o atendimento, em hospitais do DF, a pacientes do Entorno. Horas após a declaração, o governador mudou o tom do discurso e disse que trabalharia para atender à demanda do estado vizinho (relembre abaixo).
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O termo foi assinado pelos secretários de saúde do DF, Francisco Araújo, e de Goiás, Ismael Alexandrino. O documento prevê a adoção de medidas conjuntas de testagem, tratamento e adoção de medidas sanitárias entre as duas unidades da federação.
A ideia é que os pacientes do Entorno possam ser atendidos no DF e vice-e-versa, com regulação das secretarias de Saúde. Além disso, o acordo estipula a cooperação entre as duas regiões em momentos fora da pandemia.
Embate com Ibaneis
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Na quinta, o governador Ibaneis disse que impediria o atendimento, em hospitais do DF, de pacientes do Entorno com Covid-19. Ao justificar a medida, o chefe do Executivo local criticou as medidas tomadas no combate à pandemia pelo estado vizinho e a reabertura do comércio nas cidades próximas à capital.
“Tá tudo aberto, tá tudo funcionando, e aí termina a gente perdendo o controle de tudo”, disse.
“Não foi montada qualquer estrutura de saúde nessas cidades. Já tem 50 dias que foi anunciado um hospital de campanha em Águas Lindas. Até o momento, ele não entrou em funcionamento, não tem previsão para funcionamento.”
No fim da tarde, após uma reunião no Ministério da Saúde, o governador mudou o tom do discurso e disse que havia suspendido a medida.
“Vamos encaminhar para que a gente melhore a nossa estrutura, inclusive para dar conta de atender as necessidades do Entorno até que o hospital [de campanha] de Águas Lindas (GO) fique pronto”, afirmou.
Novo hospital de campanha
Hospital de Campanha do Mané Garrincha
Larissa Passos/G1
Também nesta sexta, o GDF anunciou uma parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF) e o Sesc para a construção de um novo hospital de campanha na capital, com 400 leitos.
O espaço, que não tem local definido, deve atender prioritariamente trabalhadores do comércio e a população de baixa renda. O protocolo de intenções para construção da unidade foi assinado no Palácio do Buriti. No entanto, não foi divulgada previsão de quando a obra vai sair do papel.
Segundo a Fecomércio, serão 360 leitos de internação clínica e 40 de tratamento semi-intensivo. A pasta afirma que haverá ainda postos de enfermagem, postos de preparo de medicação, farmácias satélites, salas de procedimentos invasivos, salas de processamento, salas de equipamentos, depósitos de material de limpeza (DMLs) e utilidades.
Hospital no estádio
Operação apura se houve fraude em contrato de R$ 79 milhões para Hospital de Campanha em Brasília
PCDF/Divulgação
Já o primeiro hospital de campanha anunciado pelo GDF, no Estádio Nacional Mané Garrincha, ainda não foi entregue. Nesta sexta, a Polícia Civil fez uma operação que investiga suspeita de fraude no contrato para instalação da unidade.
O acordo foi feito com dispensa de licitação, a custo de R$ 79 milhões. A suspeita é que a empresa contratada tenha “se aproveitado da situação de calamidade” para burlar a regras legais e firmar contrato com a Secretaria de Saúde, causando prejuízo aos cofres públicos.
A força-tarefa foi realizada em conjunto com o Ministério Público (MPDFT) e a Controladoria Geral da União (CGU), e cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços de empresários e de um servidor público investigado. Os nomes não foram divulgados.
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By Negócio em Alta

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