Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), objetivo é voltar com carga plena para evitar demissões. Construção Civil terá que funcionar de uma forma diferente no plano de flexibilização
O setor da construção civil integra a primeira parte do Plano de Flexibilização de Convívio das Atividades Econômicas com a Covid-19, divulgado em 1º de junho pelo governo estadual, e volta a funcionar na segunda-feira (8). De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), Érico Furtado Filho, o plano pode ser aperfeiçoado (veja vídeo acima).
Confira o cronograma e fases do plano de flexibilização
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“O diálogo com o governo tem sido feito através das lideranças setoriais com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, que tem sempre nos escutado. Mas gostaríamos de continuar o diálogo para aperfeiçoar o plano antes de que seja publicado o normativo legal”, afirmou.
Ainda segundo o presidente do Sinduscon, algumas questões não ficaram claras para os representantes do segmento, que deve retomar as atividades na segunda-feira (8), com 50% de sua capacidade e com horário diferente do tradicional: das 9 às 18h, em vez das 7 às 17h.
De acordo com Érico Furtado Filho, uma das dúvidas é sobre o efetivo que trabalha nas quatro atividades liberadas desde o início da pandemia pelo governo: obras públicas, obras privadas que combatem a pandemia, obras de concessionárias de serviços públicos e obras de grave e iminente risco.
“Eles terão que reduzir 50% do seu efetivo? Se sim, para onde irão? Vão ser demitidos. Isso não queremos, pois traz um caos social muito grande para nossa cidade”, disse o presidente do Sinduscon-PE.
Ainda segundo ele, a volta com carga total ao trabalho é fundamental para impedir demissões. Em fevereiro, conforme dados do sindicato, o segmento tinha 63 mil trabalhadores registrados. Com a pandemia, as férias de cerca de 70% desse contingente foram antecipadas. Depois, os contratos foram suspensos por 60 dias, prazo que acaba no início de junho.
Erico Furtado Filho, presidente do Sinduscon-PE, falou sobre preocupações do setor da construção civil
Reprodução/TV Globo
A preocupação do Sinduscon-PE é que as demissões de parte desses profissionais aconteçam caso o setor não volte a atuar com 100% do potencial.
“[Queremos] Continuar a dialogar com o governo do estado para que eles nos ajudem a voltar as nossas atividades em carga plena para que a gente consiga evitar as demissões, pois a pressão econômica sobre nossas empresas está muito grande devido à diminuição da demanda”, declarou.
Resposta do governo estadual
Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco informou que o Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19 considera o peso do segmento para a economia e o risco de contaminação que o setor representa para a saúde.
A construção civil, por ser de grande impacto nos empregos e ser de um ambiente bastante controlado, integra a primeira fase de flexibilização. Ainda segundo o estado, o movimento da curva de contaminação exige cautela, e o plano prevê aumento dos testes na população ativa para avaliar os impactos e validar a retomada completa da atividade.
Covid-19 em Pernambuco
Pernambuco ultrapassa 3 mil mortes por Covid-19 e tem 36.463 casos confirmados
Pernambuco ultrapassou 3 mil mortes confirmadas por Covid-19 nesta quarta-feira (3). De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), foram contabilizados 79 novos óbitos, elevando o número total de mortes de pacientes com a doença para 3.012 (veja vídeo acima). Com mais 955 casos de pessoas com o novo coronavírus, o estado tem, ao todo, 36.463 confirmações.
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