Alunos da USP São Carlos paralisam por contratação de professores e melhor infraestrutura

Manifestação de um dia bloqueou vários espaços e reforça greve dos alunos que já dura três semanas.

Os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos (SP) fazem, nesta quarta-feira (11), uma paralisação das atividades em apoio à greve dos alunos que já dura um mês.

A paralisação foi organizada pelo Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (Caaso). Segundo seu presidente, Gabriel Brandão Galhase, a paralisação ocorre em apoio às pautas gerais da greves dos estudantes, iniciada há três semanas, como a aceleração da contratação de professores e o descontentamente com a reformulação do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (Papfe) que, segundo os grevistas, deixaram muitos estudantes sem o benefício (veja todas as reivindicações abaixo).

Os estudantes também tem pautas locais que, segundo Galhase, vão desde coisas simples como a manutenção e conservação dos espaços estudantis, até a superlotação do bandejão e dos ônibus e a má infraestrutura do alojamento estudantil.

Durante a manhã foram montados piquetes nos blocos dos Institutos de Matemática e Computação (ICMC), de Química (IQSC), de Física (IFSC) e da Arquitetura (IAU). Também foram paralisados áreas da Escola de Engenharia (EESC),

No Campus 2 também houve paralisação. Os estudantes também fizeram “passe livre” (pular a catraca) no restaurante universitário.

Greve
A greve dos estudantes da USP já dura três semanas e está presente sobretudo na cidade de São Paulo. Em assembleia na noite segunda-feira, eles decidiram manter o movimento.

Veja as reivindicações dos estudantes:

Reposição imediata de professores que se aposentam ou morrem;
Reformulação do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (Papfe);
Não extinguir alguns cursos, como Letras-Coreano, Editoração e Formação de Atores;
Fim do edital de méritos, que baseia parte da contratação de docentes em avaliação do ensino e da pesquisa, colocando em risco cursos que recebem menos contratações, como os de artes;
Não punir estudantes que participam das greves.

 

By Alice Pavanello

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