Na terça (20), Ministério da Saúde havia anunciado a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pela Sinovac. Comentário do presidente Jair Bolsonaro no Facebook afirma que o governo federal não comprará a vacina chinesa.
Reprodução/Facebook
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em sua página no Facebook na terça-feira (20), que o Brasil não irá comprar “a vacina da China”.
A afirmação foi feita em resposta a uma seguidora na rede social que pediu a exoneração do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. “Bom dia presidente. Exonera Pazuelo urgente, ele está sendo cabo eleitoral do Doria. Ministro traíra”, escreveu a seguidora.
“Tudo será esclarecido ainda hoje. Não compraremos a vacina da China”, disse o presidente.
No mesmo dia, mais cedo, o Ministério da Saúde havia anunciado a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. O anúncio foi feito em uma reunião de Pazuello com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e mais 23 governadores.
BLOG DA ANDRÉIA SADI: Bolsonaro se irrita com anúncio de acordo de Pazuello com Doria para comprar vacinas
O governo de São Paulo já tinha fechado um contrato com a empresa para as mesmas 46 milhões de doses, que previa que a farmacêutica enviasse 6 milhões de doses da vacina já prontas até dezembro, enquanto as outras 40 milhões teriam o processamento finalizado (o envasamento) no Butantan.
De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, até o final do ano o instituto teria as 46 milhões de doses prontas.
O acordo incluía, além da compra das doses, uma transferência de tecnologia para que o Instituto Butantan pudesse fabricá-las em território brasileiro a partir de 2021.
O governo paulista também anunciou a previsão de adquirir mais 15 milhões de doses até fevereiro de 2021, chegando ao total de 61 milhões com verba própria. A expectativa era que, com o dinheiro do governo federal, mais 40 milhões fossem adquiridas, chegando a 100 milhões até maio de 2021.