Falta de medicamentos usados nas UTIs pode trazer ‘transtornos’ aos hospitais, diz provedor da Santa Casa

A falta de medicamentos para uso em pacientes nas unidades de terapia intensiva (UTI) pode trazer “transtornos” para alguns hospitais. A afirmação foi feita pelo provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Antonio Penteado Mendonça, em entrevista ao Jornal da Manhã deste sábado (6).

De acordo com ele, no momento, a Santa Casa de SP possui “alguns protocolos [de uso de medicamentos] antigos que ainda vigoram” e que estão sendo usados para substituir os remédios em falta. No entanto, Mendonça ressalta que existes hospitais que estão passando por dificuldades para a adquisição dos produtos.

Antonio explica que os anestésicos em falta são usados em pacientes entubados. Segundo ele, os medicamentos que custam, anteriormente, cerca de R$ 60 são vendidos, agora, por R$ 130 a unidade. Mendonça espera que a situação seja normalidade na próxima semana.

O provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo explicou ainda que o órgão lançou a campanha “Guerra ao coronavírus” para arrecadar doações de equipamentos médicos, equipamentos de proteção individual (EPI) e para conseguir  também angariar recursos financeiros para a ampliação dos leitos de enfermaria e de UTI.

Ao todo, o hospital abriu, com os valores arrecadados, 145 novos leitos para atendimento de pacientes com a Covid-19, sendo 90 de UTI. No momento, 92 pessoas estão internadas na enfermaria da unidade e 74 pacientes estão em unidades de terapia intensiva recebendo tratamento.

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo também se prepara para ampliar os leitos para tratamento de “pacientes não Covid-19”, ou seja, para tratar pessoas que possuem outras doenças. De acordo com Antonio, nas últimas semanas houve aumento na demanda de pacientes no pronto socorro com outras comorbidades.

By Negócio em Alta

Veja também