Governo diz que, em dois dias, duas mil refeições foram servidas gratuitamente. Medida vale até 30 de julho deste ano ou enquanto durar as medidas de quarentena. Sem-teto têm dificuldades para obter cartão de gratuidade do Bom Prato
Sem-teto da cidade de São Paulo afirmam não terem conseguido se cadastrar na rede de restaurantes Bom Prato para terem acesso às refeições gratuitas, que são oferecidas até 30 de julho deste ano ou enquanto durar as medidas adotadas na quarentena.
Até então, a rede de restaurantes oferecia café da manhã por R$ 0,50 e almoço e jantar por R$ 1. Atualmente, o estado possui 59 unidades. Para garantir as refeições gratuitamente, é necessário fazer um cadastro e receber uma carteirinha com QR Code.
“Eu fui fazer o cadastro lá no Largo da Concórdia, não tinha nada lá. Eu não tenho emprego, eu sou desempregado. Se a gente não precisasse, a gente não estaria aqui.”
Célia Parnes, secretária de Desenvolvimento Social, afirmou em entrevista ao SP1 que as equipes municipais “têm se empenhado em se comunicar com as pessoas em situação de rua”.
“O cadastramento é extramente simples e ele é necessário, porque é uma politica pública e tem que ter toda a transparência e os princípios de uma política pública. Portanto, é necessário e envolve apenas o nome, o nome da mãe e a data de nascimento.”
Ainda de acordo com a secretária, em dois dias, duas mil refeições foram oferecidas gratuitamente.
Refeições gratuitas com QR Code
Segundo o artigo 1º da medida publicada nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial do Estado de São Paulo, “fica dispensado do pagamento de refeições, mediante a apresentação do cartão de gratuidade, o usuário devidamente cadastrado pela Prefeitura Municipal como população em situação de rua não albergada e sem acesso à assistência alimentar até 30/07/2020, podendo o benefício ser estendido enquanto perdurar o estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto 64.879, de 20/03/2020. ”
De acordo com o artigo 2º – “é facultado ao município que possui unidade do Restaurante Popular Bom Prato aderir à ação de gratuidade para pessoas em situação de rua.”
O texto ainda diz que, se a prefeitura aderir ao novo programa, “será celebrado convênio de cooperação com a Secretaria de Desenvolvimento Social, onde caberá ao município a quantificação, identificação e localização dos beneficiários, bem como a entrega dos cartões de gratuidade e o monitoramento da prestação dos serviços.”
Segundo o Diário Oficial do Estado de São Paulo, a “gratuidade das refeições estabelecida no artigo 1º, será integralmente custeada pelo Governo do Estado.
Programa Bom Prato funciona em 30 cidades do Estado
Seds/Reprodução
ISOLAMENTO: Medida ajudou a diminuir o número de mortes por coronavírus em SP
QUARENTENA: Prorrogada por 15 dias com flexibilização progressiva em diferentes regiões
COMO FICA A QUARENTENA: O que reabre a partir do dia 1º de junho na cidade de São Paulo
VÍDEOS: incubação, sintomas e mais perguntas e respostas
BOATOS: O que é #FATO ou #FAKE sobre o coronavírus
GRUPOS VULNERÁVEIS: veja quais grupos têm mais complicações
SINTOMAS: febre, tosse e dificuldade de respirar; entenda em detalhes
MORTES EM BAIRROS POBRES
Dos dez distritos paulistanos com a maior taxa de mortalidade pela doença para 100 mil habitantes, oito são bairros centrais, que concentram a imensa maioria de cortiços, pensões e ocupações verticais da cidade.
Com características semelhantes, estes bairros também possuem altos índices de mortalidade. Todos registram taxas superiores a 80 mortes para 100 mil habitantes.
Pari (1º),
Belém (2º),
Brás (3º),
Santa Cecília (4º),
República (5º),
Cambuci (7º),
Barra Funda (8º)
Mooca (10º)
Bom Retiro (12º),
Consolação (13º),
Sé (17º)
Liberdade (19º)
Initial plugin text