Foram 27 óbitos entre 25 de maio e terça-feira (2), quase um terço dos 89 registros obtidos em 74 dias. Infectologista alerta para período de escalada da doença. As mortes por Covid-19 dos últimos oito dias correspondem a 30% do total contabilizado na região de Ribeirão Preto (SP) desde o início da pandemia em março, segundo um levantamento da EPTV, afiliada da TV Globo, com base em números das prefeituras.
Entre 25 de maio e terça-feira (2), foram confirmados 27 óbitos, quase um terço dos 89 registrados em 28 municípios da região em 74 dias, segundo informações obtidas com autoridades de saúde.
[Correção: O G1 informou anteriormente que o total representa 24% de mortes na região. A informação foi corrigida às 13h]
O aumento acompanha os números do estado de São Paulo que acumula quase oito mil casos e somente na terça-feira contabilizou 327 mortes.
Modelo 3D do Sars-Cov-2, o novo coroavírus
Reprodução/Visual Science
Maior cidade da região, Ribeirão Preto registrou ao menos 28 mortes até então – o equivalente a 31% do total – e 1.261 pacientes infectados, o que representa a metade do total.
Para o médico infectologista Fernando Vilar, os números evidenciam a chegada do período em que o município do interior de São Paulo passa a enfrentar uma escalada da doença, já observada na capital, inclusive para casos graves.
“Enquanto São Paulo atingiu um platô no número de casos e não há muitas notificações no mesmo dia, em Ribeirão Preto é o contrário. A cada dia cresce o número de notificações e os números de pacientes internados. Nós estamos entrando em uma fase exponencial da epidemia e infelizmente não há como prever quando ela vai atingir um platô”, afirma.
A tendência, na análise dele, é de que os casos devem subir ainda mais nos próximos dias, levando-se em conta a adoção da reabertura gradual das atividades econômicas, da qual ele discorda.
“Fica o alerta para a população: apesar dessa reabertura parcial do comércio, que na minha opinião deveria ser revista pelo poder público, só saiam de casa para fazer estritamente o necessário e principalmente lavando bem as mãos, usando muito álcool em gel e utilizando suas máscaras”, orienta.
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