O estado não divulgou o déficit dos profissionais de saúde em Minas. Hospital Eduardo de Menezes é referência no tratamento de Covid-19
Herbert Cabral/TV Globo
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) abriu pela sétima vez chamamentos emergenciais para profissionais de saúde no estado. O primeiro foi feito no dia 12 de março, no início da pandemia do novo coronavírus.
Agora, a Fhemig oferece 18 vagas para médicos, seis para fisioterapeutas respiratórios e quatro para enfermeiros no Hospital Eduardo de Menezes, referência no atendimento à Covid-19. O chamamento começou nesta quarta-feira (6) e termina na sexta (8). As inscrições poder feitas no site da fundação.
Belo Horizonte é a cidade com o maior número de casos em Minas Gerais, 834 e 23 mortes. O número de profissionais de saúde afastados pela doença no estado e o déficit de médicos não foram divulgados pelo governo.
Chamamentos
No mês de março, o Governo do Estado começou a abrir chamamentos emergenciais para hospitais de Minas Gerais que atenderiam pacientes com Covid-19.
No dia 12 de março, o estado buscava por infectologistas para atuar no Hospital Eduardo de Menezes. A unidade é totalmente dedicada a atendimentos a pacientes com a doença.
Já no final do mesmo mês, o governo estadual abriu 40 vagas para hospitais universitários. Porém, teve baixa procura em algumas especialidades.
No dia 10 de abril, mais um edital foi aberto para profissionais da saúde. Para tentar atrair médicos, o governo aumentou a oferta salarial para esses profissionais e ofereceu gratificação para os médicos que já estão atuando no combate ao coronavírus. Os profissionais da saúde que não estavam incluídos nas gratificações questionaram a decisão do governo, afirmando que estão todos atuando na linha de frente no combate ao coronavírus.
No dia de 24 de abril, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) abriu um chamamento emergencial para vagas no hospital Alberto Cavalcanti. A unidade estava em busca de 14 médicos e 9 enfermeiros para atuar no combate a Covid-19.
No dia 28, a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública divulgou o chamamento emergencial que oferece 534 vagas para profissionais da saúde que vão atuar em unidades prisionais e socioeducativas. Estas vagas não entram na contagem da Fhemig porque são para o sistema prisional.
No dia 1º de maio, a Fhemig pediu por médicos, farmacêuticos e técnicos de farmácia e de patologia
Médicos cubanos
Médica Daylin Hernandez Romano trabalha em um restaurante para sobreviver
Daylin Hernandez Romano/Arquivo pessoal
Nesta segunda-feira (27), 150 profissionais cubanos que fizeram parte do programa Mais Médicos pediram em carta ao governo de Minas Gerais para trabalhar no combate à pandemia.
Desde novembro de 2018, quando Cuba se antecipou e encerrou a parceria, já que o presidente Jair Bolsonaro havia ameaçado expulsar os profissionais daquele país durante as eleições, os médicos são impedidos de clinicar.
Há três anos, a União não promove o Revalida, teste que permitiria aos médicos estrangeiros clinicarem no Brasil. Hoje, muitos sobrevivem trabalhando como secretários em postos de saúde, recepcionistas de restaurantes e atendentes de lanchonetes.
O governo de Minas Gerais adiantou que este assunto é da União. Já o governo federal disse que editais de chamamento de médicos cubanos que seguem em andamento.