O governo de São Paulo está considerando transferir a gestão do Instituto de Infectologia Emílio Ribas para o setor privado. Atualmente administrado pela Secretaria Estadual de Saúde, o hospital é conhecido por seu serviço de pronto atendimento sem necessidade de agendamento prévio. Recentemente, tem sido objeto de intensas discussões sobre gestão e terceirizações implementadas nos últimos anos, preocupando médicos residentes e a associação dos médicos do instituto quanto ao futuro da instituição.
Segundo comunicado da associação dos médicos do Instituto Emílio Ribas, uma reunião nesta semana informou sobre a extinção da coordenadoria de serviços de saúde e a possível implementação de um novo modelo. Uma das propostas em análise é a integração do instituto ao Hospital das Clínicas, localizado nas proximidades. Em resposta a essas mudanças em potencial, os médicos solicitaram uma audiência com a Secretaria de Saúde, marcada para o dia 17 de julho.
Adicionalmente, está planejada uma nova assembleia para discutir as propostas e definir os próximos passos. Também está sendo considerada a formação de um comitê de representação dos funcionários para facilitar o diálogo com a secretaria. Com mais de 144 anos de história, o Hospital Emílio Ribas é uma referência na infectologia brasileira e desempenhou um papel crucial durante a pandemia de coronavírus. A instituição enfatiza a importância de permanecer integralmente pública, com foco em infectologia, mantendo seu papel vital na saúde pública, como hospital de ensino e com capacidade de atendimento imediato à população, sem a necessidade de agendamento prévio.
Apesar das discussões em andamento sobre as possíveis mudanças na gestão, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre o assunto.