Marina Silva deixa comissão do Senado após bate-boca com senadores
A discussão acalorada sobre a pavimentação da BR-319, estrada que liga Porto Velho a Manaus, resultou na saída da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da Comissão de Infraestrutura do Senado. O senador Plínio Valério foi o responsável por ofender a ministra, recusando-se a pedir desculpas e levando-a a abandonar a sessão.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, classificou a fala de Plínio como “infeliz” e perigosa, sendo repudiada não apenas pela bancada feminina do Senado, mas também pela primeira-dama, Rosângela Silva, e outras autoridades.
Outro momento tenso ocorreu quando o presidente da comissão afirmou que a ministra deveria se colocar em seu lugar, gerando contestações por parte de outros senadores presentes. A discussão se intensificou com o senador Omar Aziz sobre a polêmica BR-319, que enfrenta dificuldades de licenciamento ambiental para ser pavimentada novamente.
Marina também teve que explicar a criação de uma unidade de conservação marinha na Margem Equatorial, onde a Petrobras busca a exploração de petróleo. A ministra garantiu que a unidade de conservação não inviabilizaria o empreendimento, destacando que o debate existe desde 2005.
A questão da exploração de petróleo na Foz do Amazonas também dividiu o governo e gerou embates entre Marina e o ministro de Minas e Energia. A pressão sobre a ministra tem se intensificado desde o início do governo, com senadores levando o assunto diretamente ao presidente Lula durante um jantar em Brasília.