A Via Varejo informou na noite de ontem que a sua investigação sobre fraudes contábeis, erros e mudanças de estimativas nos balanços de exercícios anteriores, cujas denúncias foram recebidas pela empresa em outubro do ano passado, encontrou a cifra de R$ 1,19 bilhão de impacto no balanço.
A empresa afirmou que não será necessária “a abertura de exercícios anteriores a 2019 para fazer os ajustes, uma vez que a companhia avaliou bem o assunto e não são necessários ajustes retrospectivos, sendo ajustados no próprio exercício de 2019”.
Já a JBS (JBSS3), gigante frigorífica, divulgou balanço na noite de ontem e reportou um lucro líquido de R$ 6,1 bilhões no ano passado, “o maior da história da empresa”. Houve crescimento de 241% sobre 2018. Outros resultados do grupo, como Ebitda e receita líquida, também mostraram crescimento de pelo menos dois dígitos.
Via Varejo (VVAR3)
A Via Varejo informou na noite de ontem que a sua investigação sobre fraudes contábeis, erros e mudanças de estimativas nos balanços de exercícios anteriores, cujas denúncias foram recebidas pela empresa em outubro do ano passado, encontrou a cifra de R$ 1,19 bilhão de impacto no balanço. A empresa, controladora da Casas Bahia e do Ponto Frio, afirmou que não será necessária “a abertura de exercícios anteriores a 2019 para fazer os ajustes, uma vez que a companhia avaliou bem o assunto e não são necessários ajustes retrospectivos, sendo ajustados no próprio exercício de 2019”. A Via Varejo afirma que a “conclusão da investigação demonstra que os ajustes contábeis não impactarão de forma adversa o seu fluxo de caixa, condição financeira ou sua capacidade de honras compromissos”.
Sobre o resultado, a Via Varejo apurou lucro líquido de R$ 78 milhões no quarto trimestre de 2019, revertendo um prejuízo de R$ 282 milhões no mesmo período de 2018. No ano de 2019, a varejista acumula perdas de R$ 479 milhões, ante perdas de R$ 291 milhões no ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado registrou forte expansão de 91,4% no quarto trimestre, na comparação anual, para R$ 605 milhões. No ano, o indicador recuou 15,2%, a R$ 1,736 bilhão.
A margem Ebitda ajustada passou de 4,2% para 8% no comparativo entre mesmos trimestres. Em 2019, essa margem recuou de 7,6% para 6,8%.
A receita líquida da Via Varejo cresceu 1,1% entre outubro e dezembro, para R$ 7,6 bilhões. No ano, a empresa registrou recuo de 4,8% na receita, para R$ 29,848 bilhões. O volume bruto de vendas (GMV, na sigla em inglês) faturado somou R$ 9,3 bilhões no trimestre, alta de 7,3%.
A companhia encerrou o trimestre com uma posição de caixa total de R$ 4,4 bilhões e caixa líquido ajustado de R$ 2,2 bilhões, incluindo a carteira de recebíveis não descontados no valor de R$ 3 bilhões. A redução de 2,2 bilhões frente ao mesmo período do ano anterior, apesar da redução de estoques, está relacionada com a menor geração de caixa operacional nos primeiros nove meses do ano passado e redução do prazo médio de pagamentos.
JBS (JBSS3)
A JBS divulgou balanço na noite de ontem e reportou um lucro líquido de R$ 2,4 bilhões no quarto trimestre de 2019, uma expansão de 332,4% sobre igual trimestre de 2018. No ano passado consolidado, o lucro líquido da empresa avançou 241% sobre 2018, atingindo R$ 6,1 bilhões. Segundo a JBS, “foi o maior lucro líquido da história da empresa”. ]
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 5,6 bilhões no quarto trimestre do ano passado, uma expansão de 67,2% sobre igual período de 2018. O Ebitda do ano fechado de 2019 foi de R$ 19,8 bilhões, um crescimento de 33,9% sobre 2018. A receita líquida da empresa avançou 20,7% no quarto trimestre de 2019, sobre igual período de 2018, para R$ 57,1 bilhões. Em 2019 fechado, a receita líquida foi de 204,5 bilhões, um crescimento de 12,6% sobre 2018.
A JBS afirma que, mesmo com as aquisições feitas no ano passado conseguiu reduzir a dívida líquida em 8,9% para R$ 42,9 bilhões no final de 2019. Segundo a empresa, a relação dívida líquida sobre o Ebitda, que no final de 2018 era de 3,18 vezes (3,1x), caiu para 2,16 vezes (2,16x) no fim de 2019. A empresa encerrou 2019 com R$ 9,8 bilhões no caixa. Os números da JBS incluem as variações cambiais, principalmente a desvalorização do real frente ao dólar no ano passado.
O Conselho da companhia aprovou ainda recomprar até 10% das ações em circulação.
Oi (OIBR4)
O Oi teve teve prejuízo líquido de R$ 9 bilhões em 2019, revertendo o lucro líquido de R$ 24,591 bilhões de 2018 – quando se beneficiou do corte da dívida em seu processo de recuperação judicial.
O Ebitda de rotina, ajustado pela norma contábil IFRS 16, totalizou R$ 6,015 bilhões no ano. Já a receita líquida foi de R$ 20,136 bilhões, queda de 8,7%.
A dívida bruta somou R$ 18,227 bilhões, alta de 1,8%.
A Oi informou, também, que não está fazendo projeções para 2020, devido à incerteza econômica causada pela pandemia da covid-19, mas “principalmente” pela iminente assembleia-geral de credores da Oi prevista para este ano, “a qual poderá deliberar sobre temas estratégicos para a companhia com potencial impacto relevante em seus negócios futuros”.Paranapanema (PMAM3)
A Paranapanema informou na noite de ontem que suspenderá as atividades nas suas fábricas de Utinga (SP) e Serra (ES), a partir de 30 de março. Segundo a fabricante de tubos, conexões, vergalhões e cobre refinado, a suspensão ocorrerá temporariamente por causa da queda da atividade econômica que a epidemia do coronavírus provocou no Brasil. A Paranapanema manterá em operação apenas na sua fábrica em Dias D’Ávila (BA).
Bradespar (BRAP4)
A Bradespar teve prejuízo líquido de R$ 388 milhões no quarto trimestre, impactada pelo resultado da Vale, que teve prejuízo de R$ 6,04 bilhões. A receita operacional foi negativa no trimestre em R$ 344,1 milhões. Os ativos totais somaram R$ 15,67 bilhões. No ano, o prejuízo líquido foi de R$ 403,2 milhões.
Locaweb(LWSA3)
A Locaweb, maior empresa de hospedagem de sites do país, divulgou balanço na noite de ontem e informou um lucro líquido de R$ 6,9 milhões no quarto trimestre de 2019. Segundo a empresa, o resultado representou expansão de 29,8% sobre igual período de 2018. No ano consolidado de 2019, a Locaweb teve lucro líquido de R$ 18,1 milhões, um crescimento de 66% sobre 2018.
A empresa, que fez no início de 2020 sua oferta primária de ações na B3, reportou um lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 29,5 milhões, uma alta de 37% sobre igual trimestre de 2018. No ano consolidado de 2019, o Ebitda avançou 46,1% sobre 2018 para R$ 106,9 milhões. A Locaweb informou que a expansão ocorreu pelo aumento da base de clientes. A dívida líquida da empresa também teve uma forte expansão, de 184,5% em 2019, para R$ 146,5 milhões.
BB Seguridade (BBSE3)
Erik da Costa Breyer exercerá o cargo de diretor de finanças, relações com investidores e gestão das
participações da BB Seguridade, completando o mandato 2019/2021, segundo comunicado. Erik Breyer atualmente exerce o cargo de diretor de mercado de capitais e infraestrutura do BB. A conclusão do processo de indicação ainda dependerá de trâmites internos antes de ser submetida ao conselho da companhia.
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(Com Agência Estado)
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