SÃO PAULO – Só no mês de março, com guerra de preços de petróleo anunciada entre Rússia e Arábia Saudita e a chegada do coronavírus no Brasil, o valor de mercado da Petrobras (PETR3;PETR4) despencou 55%, de US$ 80 bilhões em 2 de março para US$ 35,5 bilhões em 1º de abril. O baque fez com que a empresa deixasse de ser a mais valiosa da América Latina para tornar-se a quinta maior em valor de mercado, mostrou um levantamento realizado pela consultoria Economática.
É a primeira vez que a estatal não fica entre as duas maiores da América Latina em valor de mercado desde o período entre 2015 e 2016, quando estava no olho do furacão das investigações da Operação Lava Jato. Em janeiro de 2016, a petroleira chegou a figurar em sétimo lugar entre as mais valiosas da América Latina, reflexo da operação. Foi o “fundo do poço” até agora, aponta Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da Economática.
Nesta quinta-feira (2), a empresa recupera parte dessa queda e sobe cerca de 9% às 15h40, após dois tuítes do presidente americano Donald Trump sobre uma convocação da Arábia Saudita levarem os preços do petróleo a disparar mais de 30%.
Vale lidera
Ao longo do mês, as movimentações dos mercados sob efeitos do coronavírus trouxeram a Vale (VALE3) para o topo do ranking em abril, mas com valor de mercado inferior ao início do mês passado. A companhia fechou o pregão de quarta-feira com valor de mercado em US$ 42,4 bilhões, uma perda de 19,7% em relação aos US$52,9 bilhões vistos no fechamento de 2 de março.
Outra empresa que ganhou posições foi o Walmart de Mexico, cujo valor de mercado de US$ 39,9 bilhões foi suficiente para colocá-la no segundo lugar entre as maiores da América Latina. Em 2 de março, a rede de supermercados mexicana valia US$ 50,9 bilhões na bolsa.
O Itaú Unibanco (ITUB4), que era a segunda companhia mais valiosa no início do mês passado, caiu para o terceiro lugar, colado no Walmart, ao ver seu valor de mercado despencar dos US$ 65,5 bilhões em 2 de março para os US$ 39,2 bilhões do fechamento de 1º de abril. A perda é de 40%.
A América Movil, terceira mais valiosa no início do mês passado, também perdeu posições ao sair de um valuation de US$ 53,4 bilhões para US$ 37,3 bilhões, queda de 30%.
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